mardi 8 septembre 2009

Cinq heures de moins - Cinco horas a menos


Marseille - Paris. Paris - Lisbonne. Lisbonne - Sao Paulo. Taxi. Traversée de la ville, São Paulo est immense, grise, impassible. Tour à tour détrempée ou alourdie par la chaleur. Première impression, c'est un seul grand quartier de 10 000 km2. 
Premier week-end à absorber le jetlag, s'installer dans l'appartement à Paraiso, et à commencer à écrire des chansons quasi sur le champ. Nous sommes là pour cinq semaines pour créer un répertoire et enregistrer un album commun avec le groupe Revista Do Samba.
On commence ces cinq semaines par dix jours de résidence à Teatro Oficina, le lieu de Zé Celso, metteur en scène mythique et mémoire du pays. Le bâtiment se situe dans un quartier populaire, bien roots, traversé par une voie rapide. A l'intérieur,  pas de scène, le public est disposé à la verticale, façon Teatro Novo. Le gardien a une machette de 60 cm de long à portée de main. Après les quatre premiers jours à trouver un rythme ensemble, à se frotter à la ville, à la culture, au dépaysement, le théâtre de Zé participe à ce changement de repères, le prolonge, faisant monter encore de quelques crans notre énergie. La musique ici ne cesse d'affluer, et nous inspire déjà ; écriture à 8h du matin, carnet et guitare, ostinato martelé toute la matinée, répétitions plus classiques l'après-midi, discussions débridées le soir. Chansons troussées d'une traite, ébauches entêtantes, instantanément marquées par la ville.
Première sortie arrosée hier soir au O Do Borogodo, samba, danse, et caipirinha... Demain, première journée de travail avec les Revista...
C.R.
Marselha - Paris. Paris - Lisboa. Lisboa - São Paulo. Taxi. Cruzando a cidade, São Paulo é imensa, cinza, impassível. Alternadamente diluida ou oprimida pelo calor. Primeira impressão: é um grande bairro único de 10.000 km2.
Primeiro fim de semana, absorvemos o fuso horário, nos instalamos no apartamento no Paraíso e quase em seguida começamos a escrever canções. Estaremos aqui durante cinco semanas, para criar um repertório e gravar um album em comum com a banda Revista do Samba.
Começamos essas cinco semanas com dez dias de residência no Teatro Oficina de Zé Celso, mítico diretor de teatro e memória do país. O prédio é situado num bairro popular, atravessado por uma avenida, quase uma auto-estrada. Dentro, não tem palco, o público senta na vertical, à maneira do Teatro Novo. O zelador tem um machete de 60 cm por perto. Depois de quatro dias tentando encontrar um ritmo comum, esfregando-nos à cidade, à cultura, à ausência de pontos de referência, o teatro do Zé participa desse processo de mudança de referências, o prolonga, aumenta gradualmente a nossa energia. Aqui, a música flui sempre e já nos inspira; escrever já as 8h da manhã, caderno e violão, Ostinato martelado toda a manhã, ensaios mais tradicionais na parte da tarde, conversas sem fim à noite. Canções acabadas em instantes, esboços que não saem da mente, marcadas em um instante pela cidade.
Primeira saida com caipirinha ontem à noite no Ó do Borogodó, samba, dança… Amanhã sera o primeiro dia de trabalho com os Revistas…

1 commentaire:

  1. je savais pas que vous teniez un blog do brasil!(j'ai trouvé le lien sur la page des fans de TH sur facebook)
    cool je vais suivre ça!
    Ptit julien

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