Beto et Vitor - Beto e Vitor

Vraie journée à Oficina aujourd’hui. L’arrivée du percussionniste Vitor et du guitariste Beto, du groupe Revista Do Samba, a raffermi le ton. On est tombé dans le jeu instantanément, tous excités et curieux. On parle de son, de musique brésilienne, ça percute. Enfin on parle... on improvise une mixture de français, portugais, anglais, espagnol, italien, voire finlandais pour Jean-Phi (son "Stoppi" pour dire "on s'arrête" est déjà un classique).

On a commencé à traverser des morceaux pour constituer un répertoire. Vitor a un groove imparable, une pulsation qui avance tout en ayant l'air de trainer. Tripant... Beto, plus réservé, mais tout aussi affûté. Stéphane a l’air d’être dans un rêve. On a tous un sourire scotché. Certaines chansons de Tante Hortense ne semblaient attendre que ça, et Amazonie (sur l’album Mieux, Les Disques Bien) fait son retour au pays. Au final, trois morceaux de TH et un morceau de Samba funk de Beto reliftées par cette formation aujourd’hui. On a eu le temps de commencer à rentrer dans les détails, notamment sur la chanson La Révolution, que certains ont peut-être déjà entendue à une Bienfaisance ou à Marseille au Paradox. Ça crépite, ça chaloupe, ça tricote. Et la chanteuse Leticia n’est pas encore là…

Le quartier d’Oficina se revèle nettement plus agréable et animé dans la journée. On se sent bien. Hier soir, dîner avec Mathieu, responsable du label Gaia Discos, qui nous a briefés un peu sur la suite du projet et sur la vie culturelle et nocturne de São Paulo. Ça commence à ressembler à quelque chose. On est encore dans notre bulle, pas encore au fait de la situation ici. Vagues échos de la visite présidentielle et des inondations terribles d'il y a deux jours... Faut encore qu'on arrive à caser des journées de 36 heures dans des journées de 24. Allez, une caipirinha et au lit.

C.R.


Dia inteiro no Oficina hoje. A chegada de Vítor, o percussionista, e Beto, o guitarrista, os dois da banda Revista do Samba, fez o tom mudar. Caímos instantaneamente na brincadeira, excitados e curiosos. Falamos de som, de música brasileira, as coisas fluem. Bom, falamos… improvisamos uma mistura de francês, português, inglês, espanhol, italiano, e até finlandês para o Jean-Phi (o « stoppi » dele quando quer dizer « vamos parar » já virou classico).
Começamos a atravessar composições para constituir um repertório. Vítor tem um groove implacável, uma pulsação que, enquanto avança, dá a impressão de tomar seu tempo. O maior barato. Beto, apesar de ser mais reservado, é tão afiado quanto ele. Stéphane parece estar num sonho. Todo temos um grande sorriso que nunca some. Parece que algumas canções de Tante Hortense só ficavam esperando esse momento, e Amazonie (album Mieux, Les Disques Bien) está voltando para sua terra. Acabamos com três canções de Tante Hortense e um samba funk do Beto no qual a formação fez uma plástica. Tivemos tempo para começar a entrar nos detalhes, particularmente nas canções La Révolution, que certas pessoas talvez ouviram numa Bienfaisance, ou no Paradox, em Marselha. Isso tudo crepita, balança, se entrelaça. E a cantora, Letícia, ainda não chegou…
O bairro ao redor do Oficina se revela bem mais agradável durante o dia. Nos sentimos bem. Ontem à noite, jantar com Matthieu, responsável da produtora Gaia Discos, que nos deu informações sobre a continuação do projeto e sobre a vida cultural e noturna de São Paulo. As coisas estão se ajeitando. Ainda estamos numa bolha, não estamos a par da situação daqui. Vagos écos da visita presidencial e das inundações terriveis que ocorreram dois dias atrás… Ainda temos que achar um lugar para 36 horas em dias que só cabem 24 horas. Vamos lá, uma caipirinha e para a cama.